Por Carlão Carbone
O medo de vencer, tira a vontade ganhar. Um time jogando em casa joga com 3 zagueiros, outro precisando acabar com a sequência de empates escalado com 3 voltantes.
E cadê o futebol? O pouco que teve ficou nas mãos dos 2 ídolos e goleiros de São Paulo e Palmeiras. Grandes defesas, dignas da grandeza de suas carreiras.
Público ridículo para um clássico, esvaziado pelo tempo frio na cidade, medo de violência, ausências devido a suspensão de jogadores chaves e pelo fraco futebol apresentado por equipes emperradas que estão jogando mais na pressão, que por diversão.
O jogo começou com o Palmeiras mais acordado que o São Paulo, parecia ter entrado em campo antes, mas falhava tanto no ataque, como no último toque. O São Paulo foi se acomodando na partida e subiu, teve 3 chances claras de gol, e por pouco não abriu o placar, mas como rotina no time tricolor, cansou antes de atingir o objetivo e cozinhou o jogo, preso na forte marcação alviverde. Quando tudo caminhava para ficar na igualdade no primeiro tempo, Rivaldo tocou para Dagoberto, que tirou Leandro Amaro da jogada por completo, e de cobertura, pegou Marcos no mata-burro, fazendo um belo gol. 1x0, final do primeiro tempo.
No intervalo, a bronca do Felipão surtiu mais efeito que os conselhos de Adilson Batista.
O Palmeiras voltou com sangue nos olhos para buscar o resultado, e o São Paulo para matar no contra-ataque, porém para jogar no contra-ataque tem que ter marcação, uma defesa sólida e ter uma estratégia de subida, coisa que o São Paulo não tem há tempos, ou seja, tempo para tomar um gol. E assim se deu sucessivas marteladas do Palmeiras, que cada vez mais pressionava, enquanto o São Paulo jogava na base de “bola para o mato que o jogo é de campeonato”.
Adilson não mexeu no time e numa cobrança de falta na área, batida por Marcos Assunção, Henrique meio que de costas, acertou a cabeçada e gol de empate. Justo-gol, de quem jogou buscando o gol. Mas a sede foi morta aí. Algumas tentativas de ampliar o placar de ambas as equipes, mas melhor garantir as críticas do empate, do que os xingamentos da derrota.
Esse foi o cenário do Choque-Rei pela 18ª rodada do campeonato brasileiro 2011, um empate ruim para os dois times, que não se aproximam da liderança, nem sai da fase tranca que se encontram. Menos mal que perder, mas ruim de futebol, ruim de tabela, ruim de tirar a zica.
Ambos viram a chave para a Sulamericana. São Paulo precisa vencer o Ceará e o Palmeiras, o Vasco da Gama. Com o futebol apresentado, a fé se sobrepõe a razão e segue o jogo!
Abraço!
CARLÃO CARBONE
www.youtube.com/carlaocarbone
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