segunda-feira, 1 de março de 2010

Clássico do Paulistão... por Nyelder

OS ERROS DO CLÁSSICO


Por Nyelder Rodrigues




“Mais líder do que nunca”, o Santos venceu o Corinthians por 2 a 1, mas podia ser melhor para ambos alvi-negros: o praiano pisou no freio no segundo tempo. O paulistano, além das duas expulsões, logo quando a equipe reagia (perdia de 2 a 0 e tinha acabado de diminuir para 2 a 1), teve erros táticos.


O Corinthians iniciou a partida com uma equivocada - e lenta - linha de defesa adiantada, tentando manter o ataque santista em impedimento. Apesar de nenhum gol ter sido feito sobre essa falha, a linha só funcionou quando o placar já marcava 2 a 0 para o Santos. Além disso, Tcheco, repetindo atuações anteriores, não conseguiu armar o jogo. Como o Santos entrou com dois meias (Ganso e Marquinhos), Elias não teve espaço para avançar e auxiliar na armação, apenas marcando e vendo Ralf tomar um baile do Paulo Henrique Ganso que, junto ao Marquinhos, controlou o meio-campo.


Porém, Tcheco não teve as constantes opções que Douglas tinha em 2009: ora tinha André Santos rasgando pela esquerda, ora Elias ou Jorge Henrique pela direita, e um Ronaldo se movimentando e tentando criar espaços. Hoje, o dentuço quase não se movimentou. Quando assim fez, criou a jogada do gol corintiano. Elias teve de marcar, Jorge Henrique ficou preso na marcação pela esquerda (seu melhor lado é o direito) e Roberto Carlos não tem o mesmo pulmão que tem André Santos.


Já no Santos, o time entrou controlando a partida, não só pela lentidão da defesa adversária, mas pela versatilidade e criatividade de seu meio-campo. Ganso, mais centralizado, e Marquinhos, mais aberto pela direita, dominaram o jogo, encontrando facilmente espaços na defesa corintiana. Juntos de Neymar, que se posicionou na ponta-esquerda, o trio fez o Corinthians de gato e sapato, com muita mobilidade. Logo de cara, Marquinhos sofreu um pênalti que, cobrado por Neymar (sem paradinha), foi defendido pelo Felipe.


Mas no segundo tempo, com a entrada de Jucilei no Corinthians, substituindo Ralf, a marcação melhorou e a equipe viu seus espaços serem reduzidos. Mesmo assim o time da Vila conseguiu o segundo gol, em rápido deslocamento de Neymar, que deixou Chicão a ver navios. A partir de então, o time pisou no freio e empurrou a partida com a barriga. O Corinthians aproveitou e diminuiu o placar - só não alcançou o empate pois teve dois expulsos, além de Tcheco ter cabeceado para fora uma bola que era ele, o gol e mais ninguém.






VALE DAR NOTA


* O juizão não foi bem, complicou, mas quem fez jus ao placar foi o próprio Corinthians (ou será que não foi Santos, que jogou muito bem).


* No gol do Neymar, Alessandro falhou. O garoto dominou, girou e chutou, tudo sem mover o pé de apoio. Alessandro, logo ao lado, assistiu de camarote, e esqueceu de fechar o meio, exatamente para onde Neymar girou.


* No gol do André, Chicão achou que Neymar iria receber a bola nas costas do Jucilei, e deixou para o volante marcar. Mas foi surpreendido pelo belo lançamento de Marquinhos e teve de correr atrás do garoto.


* No gol corintinao, que começou em um belo lançamento de Tcheco para Ronaldo, nem Ganso (que não é marcador) nem Germano acompanharam Dentinho, que livre acertou a trave, mas o rebote parou em seus pés.


* Roberto Carlos é colecionador de cards? E Moacir, tá explicado por que ele é o número 24 na lista da Libertadores...


* Será que com Robinho em campo, o Santos jogaria tão bem? Marquinhos foi determinante no domínio santista do meio-campo. Sem ele, Elias não teria tantas obrigações defensivas, e mais liberdade para apoiar Tcheco e fazer a bola corintiana rodar mais.

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