Salve, salve galera futeboleira! O campeonato Paulista, como de costume, teve 10 jogos nessa rodada. Mas pouco importa que no sábado o Botafogo de Ribeirão ganhou do Oeste e, naquele momento, tirou o Corinthians do G4. Não interessa que o Rio Claro surpreendentemente venceu o Mirassol fora de casa e saiu da zona de rebaixamento. Não vai mudar a cotação do dólar o fato de que ainda no sábado a Portuguesa e o Mogim Mirim venceram respectivamente São Caetano e Ituano em casa. Também não houve nada demais em o Grêmio Prudente afundar ainda mais o Paulista em Jundiaí.
O que realmente importava estava no domingo. E não falo da vitória modorrenta do São Paulo sobre o Rio Branco por 2 a 1 ou da “memorável” vitória do Monte Azul sobre o Sertãozinho (os dois clubes na zona de rebaixamento) pela contagem mínima. Muito menos das vitórias de Corinthians e Ponte Preta. Tudo bem é preciso ressaltar que no jogo do Corinthians o timão marcou o gol de número 10000 da história do clube e que Roberto Carlos marcou o primeiro gol com a camisa do timão. Além disso, pra desespero do João Vítor o ramalhão perdeu a chance de assumir a liderança. E em Campinas 7 gols e vitória da macaca sobre o Bragantino, 4 x 3.
O que importou mesmo aconteceu na Vila Belmiro. Que jogaço! Talvez o melhor do ano. Um jogo para os amantes da essência do futebol gravarem na memória. O Santos começou avassalador fez 2 a 0 com 30 minutos do primeiro tempo e perdeu um caminhão de gols. Era um baile santista: toques rápidos, chances do gol, dribles bonitos e um Palmeiras acuado. Era ataque contra defesa, o verdão não via a bola, até que Diego Souza, Cleiton Xavier e Robert resolveram jogar. Aos 41 Xavier cruzou na cabeça de Robert que diminuiu o prejuízo. E logo após a saída de bola o inesperado aconteceu: após bela jogada de calcanhar de Diego Souza, o mesmo Robert vaiado pela torcida depois de perder gol feito na segunda-feira empatou o jogo e começava a se redimir com a galera. Os palmeirenses enlouqueceram ironizando as dancinhas que haviam visto nos gols santistas.
No segundo tempo o jogo mudou. O volante Márcio Araújo entrou no lugar de Eduardo e melhorou demais a marcação no meio campo Palmeirense. O Santos nem de longe tinha a mesma desenvoltura até que aos 12 do 2º tempo, após mais um cruzamento de Xavier e mais uma falha da defesa santista na jogada aérea, Diego Souza virou o jogo. E tome dancinha. O jogo passou a ter chances de lado a lado, Dorival Júnior colocou ainda mais seu time no ataque e o jogo que já era ótimo passou a ser eletrizante! Com tantos atacantes era inevitável o empate santista e ele veio com o “gigante” Madson. Mas logo em seguida frustração na Vila: Neymar fez falta dura em Pierre e foi expulso. Aos 42, Robert acertou um chutaço e garantiu os 3 pontos pro alviverde.
Porém nem tudo foi lindo. O axé colombiano de Armero... sem comentários. A falta dura de Neymar joga um balde de água fria em quem pede sua ida à Copa. Na hora que mais se precisava dele, ele sofreu do seu próprio veneno e perdeu a cabeça. O time do Santos demonstrou que nem sempre esse esquema ultra-ofensivo é eficaz, será que Dorival Júnior pode tirar um meia e colocar um volante brucutu? E é justo agora chorar com a arbitragem se eles reclamaram disso no duelo contra o Corinthians? O time perdeu principalmente porque não aproveitou as oportunidades de gol, aliás, isso não é novidade...
De resto um jogo pra entrar na história. E para mim a certeza de que os Deuses do futebol agradeceram. Que os outros times encarnem esse espírito pra libertadores dessa semana. Uma boa semana a todos.
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