Roberto Carlos é passado em Campo... Por Claudio Ferreira

Roberto Carlos é passado em campo


Ele foi o maior lateral esquerdo do mundo por quase dez anos. Eleito também o segundo melhor jogador do planeta no ano de 1997. É o segundo na lista dos que mais atuaram pela seleção brasileira. Passou 11 temporadas consecutivas como ídolo do poderoso Real Madrid, sendo três vezes campeão europeu. Se for falar do currículo de Roberto Carlos da Silva, este pretensioso pequeno texto vai virar um livro.


Infelizmente, tudo faz parte do passado. Vitorioso como poucos jogadores no planeta bola podem se orgulhar, mas agora é apenas história. Por tudo que conquistou dentro das quatro linhas, Roberto Carlos desembarcou no Parque São Jorge com status galáctico.


Porém, quem chegou ao centenário do Corinthians foi apenas a sombra do jogador que foi. Aquela famosa cena da arrumação na meia na Copa de 2006 foi a marca do fim da carreira brilhante do lateral – uma injustiça colocá-lo como único culpado pelo fracasso, diga-se de passagem.


Roberto Carlos já veio ao Mundial da Alemanha muito mal tecnicamente – assim como a maioria dos companheiros de time. De lá para cá, nunca mais foi o mesmo. Nem no obscuro Campeonato Turco o lateral convenceu. Chegou ao Corinthians e, até agora, é um grande fiasco.


O outro companheiro campeão do mundo, Ronaldo, é exatamente o oposto do camisa 6. O fenômeno continua visivelmente gordo, mas tecnicamente ainda faz muita diferença a favor do Timão. Enquanto o Roberto Carlos exibe uma invejável aparência física para um senhor de quase 37 anos, mas o gás acabou.


Ele se consagrou, principalmente, por seu fôlego e força física espetacular. Não falta vontade dele - pelo contrário, anda até exagerando na ‘garra’. O problema é o tempo, cruel, que chega para todos. Roberto Carlos não pode driblar esse destino. Agora ele é apenas sombra de um jogador que escreveu uma história gloriosa no futebol. Só o próprio lateral não percebeu isso...