segunda-feira, 19 de abril de 2010

A Visão de um Santista sobre a semifinal/ por Brune






                                         Thiago Brune/ colaborador e Santista Doente




Peixe sobrou na Vila e está na final




No jogo de volta pela semi-final do Paulista, na Vila Belmiro, o time da baixada tinha a vantagem de poder até mesmo perder por um gol de diferença que ainda assim estaria classificado para a final, por ter vencido o primeiro jogo, no Morumbi, por 3x2. Mas o técnico Dorival Júnior sabe tanto quanto eu e você que esse time, essa molecada, no melhor sentido da palavra, não sabe jogar “com o regulamento na mão”. Portanto, tratou de fazer apenas uma alteração no time, tirando o centro-avante André para escalar Pará pela lateral-direita, com Wesley indo pro meio para auxiliar Arouca na marcação, uma vez que Ricardo Gomes veio com um meio-campo pronto pra finalizar de fora da área, com Cleber Santana, Richarlyson e Hernanes. No ataque tricolor, sai Washington e entra Fernandinho para dar maior velocidade.



O Peixe começou levando perigo ao gol de Rogério: logo no começo do jogo, Robinho desperdiçou duas chances cara-a-cara com o goleiro, que saiu bem, fechando o ângulo e salvando a meta tricolor. O Santos ainda levaria perigo numa cabeçada de P. H. Ganso que Ceni botou pra escanteio e depois num chute de Pará que o goleiro espalmou e, na sobra, Alex Silva desviou o chute de Neymar. O goleiro santista, Felipe, quase não apareceu no 1º tempo, pois a zaga conseguiu conter as poucas tentativas do ataque adversário. E assim, com o placar em branco, as duas equipes desceram aos vestiários.

No segundo tempo as coisas não mudaram muito: o São Paulo ameaçava reverter a situação, mas o Santos era mais perigoso. Por volta dos 10 minutos, técnico tricolor troca Cleber Santana por Washington. Pouco depois da aparente ousadia de Ricardo Gomes, como que por ironia, o Santos abriu o placar: Wesley iniciou jogada pela direita, lançou para Marquinhos que cruzou à meia-altura... então, deu-se a polêmica, Neymar foi empurrado, o juiz não marcou o pênalti e, na queda, o menino-craque tocou a bola com o braço para fazer o 1º gol do jogo e seu 21º na temporada.



Pouco depois, Washington fez Felipe honrar o salário, disparando uma bomba de dentro da área, para boa defesa do goleiro. Na sequência, Alex Silva deu um rapa em Neymar e o árbitro nada marcou. Após isso, Felipe apareceu novamente para defender perigosa cabeçada de Jorge Wagner. Porém, aos 36 minutos, Neymar entrou na área em velocidade e foi atropelado por Miranda. Pênalti. Na bola, Neymar, no gol, Rogério, na lembrança de todos que assistiam, as cenas daquele outro pênalti cobrado pelo garoto e a discussão em torno da “paradinha”. Aconteceria de novo? Aconteceu. Neymar correu pra bola, parou, olhou pro arqueiro e tocou no canto, 2 a 0.



Aos 41 minutos, o baixinho Madson cruzou da esquerda e o canhoto Ganso fez coisa rara pra ele: usou a direita pra desviar a bola: 3 x 0 pro Santos. E assim o São Paulo se despede do campeonato com uma marca nada agradável: não venceu nenhum clássico, o que, de acordo com o PVC, não acontecia desde 1936.



Ramalhão também se garante pra final



Mesmo perdendo para o Grêmio Prudente por 2 a 1, a equipe do ABC enfrentará o Santos na final, pois havia vencido o jogo de ida por 2 a 1 e podia perder por um gol de diferença, vantagem garantida na fase de classificação, quando terminou em 2º lugar.



E o jogo começou quente: aos 15 minutos, pênalti para o time de Presidente Prudente. Flavinho recebeu nas costas da zaga e foi derrubado. Na cobrança, Tadeu deslocou o goleiro e bateu no canto esquerdo para abrir o placar. O gol sofrido parece ter despertado o Santo André, que melhorou e foi pra cima. Aos 35 minutos, Branquinho cruzou e Renato Dias desviou para o gol, 1 a 1.



O empate não abalou o Grêmio e, aos 42 minutos, o volante Marcos Assunção cobrou falta perto da área e acertou o ângulo, 2 a 1. E assim foram para o intervalo. Ops, foram não, pois o Grêmio não desceu para os vestiários, alegando que havia uma caixa de som próxima ao túnel de acesso do vestiário e o barulho impediria o técnico Toninho Cecílio de conversar com seus jogadores.



No segundo tempo o jogo continuou bem movimentado. Aos 18 minutos, o Grêmio ficou com um a menos, após expulsão de Diego que levou o 2ª amarelo. No minuto seguinte, o lateral esquerdo Carlinhos, do Santo André, deu um carrinho violento e levou vermelho direto, 10 pra cada lado. Aos 22, o meio-campo Gil invadiu a área do Grêmio e foi derrubado: pênalti pro Santo André. Branquinho cobrou e o goleiro Márcio defendeu, mantendo as esperanças de seu time na classificação. Mas o Santo André “cozinhou” o jogo, trocando passes no meio de campo, esfriou a empolgação do Grêmio e garantiu-se na final do campeonato, onde enfrentará o Santos.

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