Amistoso internacional, lista dos convocados para Copa América 2011 (7 dos 29 convocados seriam cortados), oba-oba da CBF e despedida do Ronaldo com a camisa da Seleção.
Ansiedade, festa, homenagem ao Ronaldo, expectativa de show de bola, esperança de espetáculo e espera de muitos gols foi o ambiente do primeiro tempo. A maioria dos torcedores, sem dúvida, estavam lá mais para prestigiar o ídolo, que assistir a Seleção Brasileira, que diga-se de passagem, raramente joga em São Paulo.
Começou o jogo e o Brasil foi para frente. Demonstrava que queria definir logo e os jogadores, alguns, cada vez mais carimbar sua permanência na Seleção. Desperdiçou várias chances, que se feitas, poderiam aliviar as vaias do 2º tempo, mas faltou capricho e consideração com torcedor. E nos 30 minutos da Seleção Brasileira, boas chances desperdiçadas e 1 gol apenas – atuação meia-bomba.
30 minutos de jogo e a tão esperada festa começa: Sai Fred (que fez o gol) e entra Ronaldo para seu adeus.
Ronaldo teve 3 oportunidades: uma chutou em cima do goleiro, outra isolou “a la beque de fazenda” e na última o goleiro defendeu. Não fez gol, mas estava sedento – característica esta, que sempre o acompanhou por sua carreira, a busca pelo gol. Deu a volta olímpica sem pressa, “no rolê”, fez pronunciamento final e virou definitivamente história.
15 minutos do Fenômeno valeram mais do que 75 minutos com os selecionáveis do Brasil.
O jogo poderia ter acabado aqui e todos sairiam satisfeitos. O problema é que tinha mais 45 minutos para se jogar, e ao invés do time manter a pegada e a aceleração, puxou o freio de mão. Receita para “desandar a maionese”.
Com um segundo tempo extremamente burocrático e desinteressado, tanto a Romênia, quanto o Brasil, não quiseram jogar bola. Toques errados, jogadas bisonhas, chutes para o além, enfim, puro desleixo. Atuação do time, que se credencia para as piores atuações da Seleção.
Vaias, gritos de burro, gritos por Dunga, Ronaldo, xingamentos dos mais diversos, olé da Romênia, manifestações negativas, gritos de times, saída precoce do torcedor, indignação deram a tônica do segundo tempo.
2º tempo muito chato, com o time cheio de boleiros “mala”, que se preocupam mais com as chuteiras coloridas, caretas para as câmeras e cabelos frenéticos, do que com a qualidade do futebol. Tão ruim, que até para acabar o jogo, demorou.
Reformulação, renovação, falta de entrosamento, testes com jogadores, adequação de formação tática, má-fase, adaptação, jogador de clube, intere$$es, enfim, muitas podem ser as explicações para a “bolinha” que o Brasil vem jogando.
O problema é que até a Copa 2014 não teremos eliminatórias, e estes amistosos não tem a mesma pegada de disputa. Jogadores mostram-se acomodados e apenas alguns tentam se superar. Ou seja, como não tem nada para disputar/conquistar, o time joga na base da marola... (sobrando apenas a Copa América e a Copa das Confederações)
Para a Copa América, a melhora do futebol mora no retorno do Pato, na sobriedade do Ganso e no entrosamento relâmpago dos +/- 10 dias de treino.
Vai Brasil sil sil sil !!!!
Abraço!
CARLÃO CARBONE
www.youtube.com/carlaocarbone
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