O Santos foi até Sete Lagoas (MG) e perdeu para o Atlético por 2 a 1. Confesso que assisti a poucos lances do jogo, pois estava no aniversário de uma amiga. Mas, pelos lances que vi após a partida, os comentários pouco mudam em relação aos textos passados. O foco do time santista parece estar do outro lado do mundo, no Japão. O grupo parece desconectado com o mundo, viver paralelo ao Brasileirão.
Estou bastante temerosa pelo desempenho no Mundial de Clubes, em dezembro. O internacional do ano passado que perdeu para o inexpressível Mazembe na semifinal tem que ser exemplo para a equipe santista. Muricy Ramalho é competente, não creio que tenha perdido o grupo, haja algo de errado extra-campo, o problema é o psicológico mesmo e de alguns atletas é técnico também.
Na minha modestíssima opinião não era para o Neymar sequer viajar para Sete Lagoas, era para ele chegar de viagem (ele esteve nos dois amistosos pela seleção) e descansar. Ele quis jogar, é o argumento do técnico e dos dirigentes. Ele manda em alguma coisa? A boa vontade dele é louvável, digna de aplauso, mas tem que se pensar lá na frente, o objetivo é ter um grupo forte técnica e fisicamente no Japão e se não for feito urgentemente um trabalho neste sentido, o alvinegro vai fracassar no torneio.
Crystian e Neymar foram expulsos O lance envolvendo o jovem lateral é discutido, pra mim não foi pênalti, logo ele não tinha que ser colocado para fora do jogo. O do príncipe da Vila Belmiro foi correta. Quem deixou ele jogar que segure a bronca. Não quero ser a dona da verdade, mas foi erro grotesco da comissão técnica.
Para o duelo contra o Gremio, domingo, na Vila Belmiro, o Santos estará desfalcado dos dois expulsos. Em compensação o volante Henrique volta de suspensão e Adriano deve retornar de uma lesão que o tirou do duelo contra o Galo.
Foco fora de campo – Não são apenas os jogadores que parecem estar desfocados do Brasileirão, uma parte da torcida santista também. No início da semana começou uma campanha nas redes sociais para levar o ex-jogador do Santos, Giovanni. Ele tem uma história maravilhosa pela instituição? Claro que tem. Merecia algo mais pomposo na sua despedida? Óbvio. O ex-técnico santista não quis escalá-lo numa partida oficial, mas também ele não quis jogar um amistoso proposto pela diretoria, as duas partes erraram. Bom, isso é outro assunto. Nação santista, foco no Mundial. O negócio é sério, não é um amistoso entre amigos do Neymar contra os amigos do Messi. Pelo amor de Deus, vamos parar com isso. O Mundial é coisa séria, algo importantíssimo na história do Santos Futebol Clube. Homenagem deixa para outra ocasião.
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