terça-feira, 29 de novembro de 2011

Andrés Sanchez na CBF, qual a surpresa? Por Fernanda Salgado

Presidente do Corinthians será diretor de seleções da Confederação





Na última sexta-feira, foi anunciado que o presidente do Corinthians a partir de janeiro trabalhará na CBF, como diretor de seleções, será o chefe do técnico Mano Menezes. Não sei para você, leitor (a), mas para mim esta notícia não me surpreende. A aproximação de Ricardo Teixeira e Andrés iniciou há algum tempo, desde o imbróglio sobre qual estádio de São Paulo seria usado na Copa de 2014.

Apesar da notícia não me espantar, considero antiético, sem propósito, o anúncio ser feito às vésperas da penúltima rodada do campeonato nacional, pois o time presidido por Andrés disputa o título do Brasileiro. Não, não acredito que exista benefício pro Timão vencer o campeonato, mas por que não esperaram para divulgar semana que vem? Os dirigentes do futebol nacional imploram para serem questionados, não é possível.

Se antes, uma boa parte da torcida anti-Corinthians questionava algumas arbitragens, imagina daqui pra frente? Não sou adepta a ficar colocando os erros, fazendo suposições de esquemas, mas, infelizmente, será inevitável. Qualquer decisão que beneficie o Corinthians começarão os questionamentos sobre se tem ou não a ver com o cargo que o Andrés Sanchez vai ocupar.

Sobre o trabalho dele como diretor de seleções, comandar o técnico do time principal, tenho a sensação de que o cargo é meramente decorativo, falando, claramente, Sanchez começará a traçar seu caminho para suceder Ricardo Teixeira, após a Copa de 2014. Alguém ainda tem dúvida de que ele quer a presidência da CBF? Eu não.

O mandato do atual presidente corintiano, que começou no final de 2007, foi bom para o Timão, claro. Afinal, ele trabalhou muito bem em prol dos interesses do time do Parque São Jorge, domingo que vem, conquistará o campeonato brasileiro. Fez o papel dele, que o cargo exige. O grande triunfo da administração dele, sem dúvida, foi a concretização da construção do estádio do Corinthians, que sediará a abertura do Mundial no Brasil. O problema é a forma nebulosa como as coisas estão sendo conduzidas.

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