sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

O maestro Ganso está de volta/Fernanda Salgado

Meia do Santos iniciou esta temporada como jogou em 2010
Desde a contusão no joelho, em agosto de 2010, o meia Paulo Henrique Ganso não jogava o futebol que o destacou naquele ano ao lado de Neymar. Contusões musculares causadas pelo problema no joelho o atrapalharam dentro de campo e ele ficou devendo futebol no time do Peixe e na seleção brasileira.
Além dos obstáculos clínicos, problemas na renovação do contrato e a briga entre a diretoria santista e a empresa que detém parte dos direitos dele o perseguiam. Parece que as coisas mudaram e o bom futebol do maestro voltou. Apesar do time alvinegro não encantar os olhos de quem o assiste, Ganso tem se destacado. O Paulo Henrique do ano de 2010 retornou.
O  Santos e a seleção do Brasil agradecem. Ganso é um meia  clássico, raro.  Ele tem um estilo que nenhum outro jogador brasileiro desta posição possui. Uma visão de jogo fora do comum. Não preciso dizer que a volta do excelente futebol é importantíssimo para o time, seleção e, principalmente para ele. Durante o período de recuperação, a volta e as contusões musculares muitos duvidaram que o atleta poderia jogar o futebol deslumbrante de 2010.
O retorno dele também é fundamental para a melhora do time do Santos que não vem bem desde a conquista da Libertadores, no ano passado. A “Neymar dependência” é um mal para a equipe. Para o Peixe, Ganso dividir a atenção da defesa adversária com Neymar é muito bom para a melhora do desempenho do time comandado pelo técnico Muricy Ramalho. Que o time continue evoluindo, os amantes do futebol-arte agradecem.
O meia tem que fazer o que sabe,  jogar bola. A divergência dele e da DIS com o clube não pode interferir dentro de campo.  O atleta tem que ficar quieto e jogar, o que vem fazendo. Não é legal para ele vir a público e cobrar uma desfecho na renovação contratual, essa função não é a dele. Além de ser assunto para ser tratado internamente. Pelo que vem demonstrando, aprendeu com o erro. Se deseja mesmo sair do Santos e jogar na Europa, tem todo direito. Mas, é bom ele saber que só vai conseguir se provar que o jogador que despontou junto com o time do Santos em 2010 existe, não foi uma nuvem passageira. Jogador não projeta uma carreira apenas com o nome. Caso contrário, não terá um mercado bom fora do país.

Nenhum comentário: