Se não abrir o olho, Flamengo pode virar filme de terror.
Lendo 1981, o Ano Rubro Negro do jornalista Eduardo Monsanto
não dá para acreditar que o Flamengo tenha um time hoje em dia tão limitado. Claro
que é cruel comparar com aquele timaço de Zico, Adílio, Junior, Andrade, Raul e
Lico, mas o Urubu passa por maus bocados no Brasileirão 2012. Flerta seriamente
com a Zona de Rebaixamento e cada jogo é um suplício para seus fanáticos
torcedores. Aliás, o Flamengo só irá escapar da Segundona graças à sua imensa e
apaixonada torcida. O time é confuso, apesar de ter um ótimo técnico, Dorival
Junior. E na última partida contra o Grêmio o jovem jogador Adryan salvou o
time de uma derrota ao cobrar uma falta à la Zico.
A situação flamenguista lembra um filme de terror: ou
Frankestein ou Poltergeist, o fenômeno. O primeiro filme porque é um time
disforme. Não tem um padrão tático: Leonardo Moura e Ibson estão
irreconhecíveis. Vagner Love ainda faz seus golzinhos. O segundo filme porque
não tem jogado tão mal nas últimas partidas e coisas estranhas acontecem ao
time da Gávea.
A equipe não tem entrosamento e por mais que seja
interessante colocar os garotos como Adryan e Matheus, não decola. Se perdesse para o time de
Luxemburgo, ex-técnico do clube, Dorival cairia. E ainda teve a sondagem de
outro desesperado, o Palmeiras, vice-lanterna, que despediu Felipão e não tinha
um plano B porque até agora não conseguiu contratar ninguém. Que fase vive o
Flamengo! Diria outro.
Vai ser difícil se dividir na próxima rodada entre os jogos
Palmeiras e Figueirense em confronto direto para tentar iniciar uma recuperação
com vistas à saída da zona da degola e Atlético-GO e Flamengo. O Dragão é o
lanterna do campeonato, mas venceu o líder Fluminense e ganhou moral. Isso até
lembra um antigo quadro do programa popular Domingão do Faustão: a porta dos
desesperados. Esses quatro times vão querer a todo custo fugir dessa maldita
porta.
Eu vejo com bons olhos mesclar jogadores experientes com
jogadores novatos, ainda mais que a base do Flamengo sempre foi promissora, mas
um esquema tático deve ser definido. Improvisar Leonardo Moura no meio-campo, não me parece uma boa pedida. Ele tem 32 anos
e o meio-campo é cérebro de um time de futebol porque é ali que as jogadas são
produzidas, é a força motriz de um time de futebol. Se ainda tivesse um Juninho
Pernambucano, o Flamengo poderia respirar um pouco mais aliviado. Mas o
Reizinho é da Colina. Não há um jogador similar a esse ou a Seedorf, o astro
holandês alvinegro. A safra rubro-negra é na verdade uma entressafra. E Ibson
foi contratado para criar e se mostra meio sonolento em várias partidas.
Flamengo vai ter que se superar para sair dessa situação
incômoda. Dessa vez, não terá Papai Joel para apagar seus incêndios! É só dar
tranquilidade para Dorival resolver esse quebra-cabeça... Mas que dá saudade
daquela seleção de1981 que foi o melhor time que eu vi jogar, dá... Talvez
aquele time só perca para o Barcelona de hoje em dia. Mas de muito pouco...
Grande abraço!
Até a próxima!
Anna Barros
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