O que aconteceu com o Vasco da Gama?
O melhor colocado no
Brasileirão 2012 do futebol carioca é o Fluminense, com 44 pontos, empatado com
o Atlético-MG, mas ele não encanta.
Entretanto um dos focos nessa coluna de estreia é o Vasco da Gama que completou
na última rodada, 47 delas no G4. O time começou bem, no encalço do Galo, com
uma gordurinha extra, mas na reta final do primeiro turno, fez uma
lipoaspiração indesejável: perdeu tudo e esteve a ponto de deixar a área VIP do
campeonato. Foram cinco partidas sem vencer
até o último sábado, dia 1 de setembro, quando venceu a Portuguesa desfalcada
por 2 a 0.
Uma das chaves vascaínas tem por nome um veterano que é Reizinho: Juninho
Pernambucano, de 37anos, que dá brilho ao meio-campo com sua criatividade e com
sua batida cirúrgica de faltas. Sem ele, o time fica pobre, com um meio
inoperante que não consegue de jeito nenhum municiar o ataque com Alecsandro
que está encostado na artilharia do campeonato.
Uma das razões da queda vertiginosa do Vasco da Gama foi a
perda de uma vez só de quatros jogadores de extrema importância: Diego Souza,
Fágner, Allan e Rômulo. Dessas perdas, a mais sentida é a de Fágner,
lateral-direito. Essa parte virou uma avenida para os adversários, tornando-se
um calcanhar de Aquiles cruzmaltino. O
time se encontra como na música de Alejandro Sanz: Corazón Partio. Ficou sem
alma, mas a está recuperando aos poucos. E a culpa não é do excelente técnico
Cristóvão Borges que fez um ano no cargo após o AVC de Ricardo Gomes e não teve
muitos motivos para comemorar.
O Vasco é cavalo paraguaio? Não creio, mas se quer disputar
o título e não só uma vaga na Libertadores terá que contratar reforços
pontuais. A casa caiu, mas dá tempo de reconstruir. De repente não vira um
apartamento tríplex na Avenida Vieira Souto, mas uma cobertura na Gávea.
E para completar, não terá Dedé em duas rodadas devido à
convocação para dois amistosos da Seleção Brasileira contra a África do Sul e a
China. Dedé ainda é um maestro na zaga, mas desde que voltou de contusão ainda
deixa a desejar. E Felipe, pode sim, jogar ao lado de JP, desde que eles
estejam guarnecidos por algum volante marcador, senão essa área vira um hiato e
os adversários deitarão e rolarão.
Se os torcedores se lembram dos momentos tenebrosos na série
B, do resgate do sentimento que não podia parar, da Copa do Brasil em 2011 e do
vice-campeonato brasileiro, devem estar pedindo aos jogadores do Gigante da
Colina: “Para qué me curaste cuando estaba herido, si hoy
me dejas de nuevo con el corazón partío?” E atorcida n]ao quer ficar com o
coração machucado, ela quer remover todas as cicatrizes e voltar a gritar “é
campeão!”. Nada mais justo que os jogadores façam por merecer a confiança
depositada e entreguem tudo que possuem de melhor dentro de campo. Tem um
segundo turno inteiro para dar provas disso e ressuscitar como uma fênix. O
presidente e ídolo Roberto Dinamite precisa se mexer e rápido. Nem que para
isso precise de uma De Lorean para viajar para o futuro e resgatar o rumo de
vitórias convincentes do início do BR-12. É esperar para ver!
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