quarta-feira, 5 de setembro de 2012

Visão Feminina/Por Anna Barros



O que aconteceu com o Vasco da Gama?
O melhor colocado  no Brasileirão 2012 do futebol carioca é o Fluminense, com 44 pontos, empatado com o Atlético-MG, mas ele  não encanta. Entretanto um dos focos nessa coluna de estreia é o Vasco da Gama que completou na última rodada, 47 delas no G4. O time começou bem, no encalço do Galo, com uma gordurinha extra, mas na reta final do primeiro turno, fez uma lipoaspiração indesejável: perdeu tudo e esteve a ponto de deixar a área VIP do campeonato.  Foram cinco partidas sem vencer até o último sábado, dia 1 de setembro, quando venceu a Portuguesa desfalcada por 2 a 0.

Uma das chaves vascaínas tem por nome  um veterano que é Reizinho: Juninho Pernambucano, de 37anos, que dá brilho ao meio-campo com sua criatividade e com sua batida cirúrgica de faltas. Sem ele, o time fica pobre, com um meio inoperante que não consegue de jeito nenhum municiar o ataque com Alecsandro que está encostado na artilharia do campeonato.

Uma das razões da queda vertiginosa do Vasco da Gama foi a perda de uma vez só de quatros jogadores de extrema importância: Diego Souza, Fágner, Allan e Rômulo. Dessas perdas, a mais sentida é a de Fágner, lateral-direito. Essa parte virou uma avenida para os adversários, tornando-se um calcanhar de Aquiles cruzmaltino.  O time se encontra como na música de Alejandro Sanz: Corazón Partio. Ficou sem alma, mas a está recuperando aos poucos. E a culpa não é do excelente técnico Cristóvão Borges que fez um ano no cargo após o AVC de Ricardo Gomes e não teve muitos motivos para comemorar.

O Vasco é cavalo paraguaio? Não creio, mas se quer disputar o título e não só uma vaga na Libertadores terá que contratar reforços pontuais. A casa caiu, mas dá tempo de reconstruir. De repente não vira um apartamento tríplex na Avenida Vieira Souto, mas uma cobertura na Gávea.

E para completar, não terá Dedé em duas rodadas devido à convocação para dois amistosos da Seleção Brasileira contra a África do Sul e a China. Dedé ainda é um maestro na zaga, mas desde que voltou de contusão ainda deixa a desejar. E Felipe, pode sim, jogar ao lado de JP, desde que eles estejam guarnecidos por algum volante marcador, senão essa área vira um hiato e os adversários deitarão e rolarão.

Se os torcedores se lembram dos momentos tenebrosos na série B, do resgate do sentimento que não podia parar, da Copa do Brasil em 2011 e do vice-campeonato brasileiro, devem estar pedindo aos jogadores do Gigante da Colina: “Para qué me curaste cuando estaba herido, si hoy me dejas de nuevo con el corazón partío?” E atorcida n]ao quer ficar com o coração machucado, ela quer remover todas as cicatrizes e voltar a gritar “é campeão!”. Nada mais justo que os jogadores façam por merecer a confiança depositada e entreguem tudo que possuem de melhor dentro de campo. Tem um segundo turno inteiro para dar provas disso e ressuscitar como uma fênix. O presidente e ídolo Roberto Dinamite precisa se mexer e rápido. Nem que para isso precise de uma De Lorean para viajar para o futuro e resgatar o rumo de vitórias convincentes do início do BR-12. É esperar para ver!


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