O capitão Juninho Pernambucano lidera a nau cruzmaltina no
BR-12
Juninho Pernambucano deu show no último jogo do Vasco contra
o Atlético Goianense ao vencê-lo por 1 a 0, no último sábado, 6 de outubro, na
rodada do BR-12 das Eleições, o que promoveu a ausência de partidas no domingo
eleitoral. Aliás como vem fazendo em todo o campeonato, tanto é que lidera o
ranking para a Bola de Ouro do Placar/Espn Brasil. Aos 37 anos, ele dá show de
profissionalismo, rege o time do Vasco como se fosse um verdadeiro maestro e
ainda faz gols decisivos, verdadeiros golaços como aquele contra o Figueirense
em que o Gigante da Colina ganhou de virada por 3 a 1.
Num campeonato em que os veteranos mostram maturidade e
experiência mas fôlego de jovens guerreiros, Juninho tem desequilibrado no time
do Vasco. Além de ser uma liderança no time agora treinado por Marcelo Oliveira
e que está há 54 rodadas no G4.
E Juninho, humilde, ainda diz se inspirar em Deco, Fred e o
companheiro de zaga, Dedé. Craques como ele, das mais variadas gerações. Deco
também é veterano, Fred é da linha intermediária de faixa etária de goleadores
e Dedé faz parte da nova geração de zagueiros, convocado quase sempre pelo
técnico Mano Menezes.
O Vasco tem o famoso jogo de seis pontos contra o São Paulo
nesta quarta-feira, 10 de outubro, na Semana do Feriado de Nossa Senhora
Aparecida. E Juninho pode arrebentar mais uma vez. Confesso que vejo espaço
para Felipe no meio-campo junto com ele, mas o próprio jogador pediu ao técnico
Marcelo Oliveira que jogasse mais recuado e acabou perdendo a vaga para Carlos
Alberto que fez seu centésimo jogo contra o Dragão. Gosto de Carlos Alberto.
Apesar da instabilidade emocional em algumas situações ele foi muito importante
para o Vasco na série B e na retomada de triunfos da caravela vascaína.
Até onde Juninho vai parar? Não tem como saber porque ele se
cuida bastante, se porta como atleta ao se alimentar de forma saudável, dorme
cedo, procura se dedicar no tempo livre à família, treina e se dedica muito ao
Vasco da Gama. Ele é um exemplo. Que Adriano, o Imperador, do arquirrival
Flamengo deveria se espelhar.
Apesar de ter as suas raízes fortes nordestinas pois nasceu
em Pernambuco, Juninho Pernambucano se assemelha ao Capitão Rodrigo, de O Tempo
e o Vento, livro épico do gaúcho Érico Veríssimo. E suas batalhas pelo Vasco
poderiam ser embaladas ao som de Luiz Gonzaga. o Rei do Baião, que completaria
cem anos em 2012, ao invés das modinhas gaúchas tradicionais. A relação de
Juninho Pernambucano com o Vasco da Gama, essa belíssima história de amor pode
ser resumida em um dos trechos de Asa Branca, de Gonzagão: "Quando o
verde dos teus "oio"/Se "espaiar" na prantação/Eu te
asseguro não chore não, viu
/Que eu vortarei, viu/ Meu coração". Juninho
Pernambucano voltou ao Vasco da Gama, deu um título da Coap do Brasil ao clube
depois do purgatório na série B, e quer levar o esquadrão, de novo, à
Libertadores da América. Mesmo com uma distância de doze pontos do líder
Fluminense, ainda pode sonhar com o título brasileiro. Seria a glória máxima
desse ídolo, dentro e fora dos campos: o baixinho JP.
Anna Barros
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