sábado, 25 de agosto de 2012

Bela homenagem da Torcida Jovem/ Por Caca Gouveia

Na noite de sexta, dia 24, cheguei em casa, depois de um happy hour com camaradas do trabalho, e como sempre faço, assisti um pouco de televisão. Zapeando pelos canais, parei no Esporte Interativo e vi que eles estavam transmitindo um programa do Santos TV, canal virtual do alvinegro praiano. Em tempo: não sou santista.

O programa falava dos bastidores do time da Vila Belmiro, da rotina do Peixe antes dos jogos, do clima depois das partidas, mas uma reportagem em especial me chamou a atenção: a homenagem que a Torcida Jovem fez aos jogadores que ganharam a primeira Libertadores pelo Santos, em 1962.

Não sou adepto de torcidas organizadas, pelo óbvio motivo de promoção besta de violência gratuita contra torcedores adversários – em dia de clássico, ao menos um morre. Mas essa iniciativa dos santistas é de tirar o chapéu. A agremiação fez uma feijoada e convidou todo o elenco daquele ano para a comemorar os 50 anos da conquista da primeira Liberta.

Entre os convidados/homenageados estavam dois dos maiores craques da história do futebol brasileiro: Coutinho e Pepe. Pelé não foi. Mas o presidente do clube, Luis Alvaro de Oliveira Ribeiro (Laor) esteve lá.

Achei muito válida a presença do mandatário santista na festa. Mostra o quanto a instituição Santos Futebol Clube valorizou a iniciativa da principal organizada alvinegra, que está fazendo uma série de comemorações do centenário de fundação do Peixe.

Essa feijoada tem uma simbologia muito forte não só para o Santos, mas para todos os clubes e torcidas: o quanto é bacana valorizar os jogadores que eternizaram e engrandeceram o nome do time; e o verdadeiro papel de uma torcida organizada, que é o de apoiar o clube e enaltecer sua história.

Certamente todos os ex-jogadores que estavam lá sentiram-se honrados em ser homenageados por muitos que, com certeza, nem sequer os viram jogar. É o reconhecimento pela importância que aqueles senhores têm na história do clube. Sinceramente, espero que o Santos faça algo parecido com seus heróis e que os outros clubes também homenageiem seus ídolos. A Torcida Jovem deu uma aula da qual, de fato, deve ser uma torcida, ao não esquecer ídolos do passado e levar famílias à sua quadra para essa festa.

Pelas imagens que vi, o local onde foi a feijoada estava repleto de crianças acompanhadas de seus pais. Tomara que as outras torcidas sigam esse exemplo e promovam festas como essa. A memória do futebol só tem a ganhar.

Torcida é para torcer, não para matar. É para dar espetáculo em dia de jogo, perder a voz de tanto empurrar o time pra cima do adversário, e não dar vexame em página policial na segunda-feira depois do clássico. Espero que a própria Torcida Jovem considere isso.

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