Saiu Ricardo Teixeira, entrou José Maria Marin e as coisas
continuam como antes. Amistoso sem propósito algum sendo marcado durante o
campeonato brasileiro. É um crime os clubes perderem atletas importantes por
causa de partidas que não vão mudar absolutamente nada na qualidade do time que
o técnico Mano Menezes tenta montar para a Copa de 2014.
Enquanto a entidade máxima do futebol brasileiro vai ganhar
dinheiro, os clubes que pagam os salários dos atletas e são filiados à
confederação vão sofrer sem eles. É um absurdo. A culpa deixa de ser da CBF e
passa a ser dos dirigentes dos clubes, uma vez que eles ficam calados e
aceitam passivamente.
O Santos tentou fretar um jatinho para ter Neymar e Arouca
contra o São Paulo, o pedido foi vetado. Não é possível que os homens fortes
dos principais clubes nacionais fiquem calados à tamanha barbaridade.
Infelizmente eles se tornaram reféns aos comandantes. É uma pena.
Acha que acabaram os amistosos da seleção neste ano?
Enganou-se. Em outubro terá outro contra a poderosa seleção japonesa. Sem falar
que ainda tem o Superclássico das Américas contra a Argentina em setembro.
Claro que os homens que dirigem as instituições de futebol vão liberar os
jogadores sem qualquer reclamação.
O amistoso em São Paulo e no Recife servirá para fazer uma
média com a torcida local, é a verdade. Ou alguém acha que o goleiro do
Corinthians mereceu a convocação? Ou que o volante Arouca que vinha jogando
muito no ano passado e não foi lembrado pelo Mano agora tem atuado bem para ser
chamado?
Parabéns a todos os envolvidos. Aos comandantes da CBF que
marcam jogos contra seleções fracas, que não vão acrescentar nada ao fraco
trabalho de Mano Menezes e aos dirigentes dos clubes que liberam os atletas sem
qualquer reclamação. É triste, mas no circo que o futebol brasileiro tornou, o
palhaço é o torcedor, que sofre pelo time e nunca deixa de amá-lo. Enquanto
isso, quem comandam os clubes são amadores e não lutam pelo bem da instituição
que dizem amar.
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