quarta-feira, 3 de outubro de 2012

Seedorf quer levar o Glorioso à conquista da América/Anna Barros


O Botafogo é um time bipolar. Ora, faz uma exibição fantástica, como foi há duas semanas contra o Corinthians, ao empatar em 2a 2 , ora faz uma partida pífia, como foi a derrota para o Bahia por 2 a 0 com gol do ex-botafoguense, Fahel.

Mas uma coisa não se pode negar: a presença de Seedorf. O holandês tem feito a diferença no Glorioso não só por suas atuações, muitas delas de gala, mas por seu comportamento fino e educado. Além disso, Clarence tem mostrado amor pelo Botafogo. Pediu aos roupeiros que colocassem os uniformes no vestiário com todo o carinho, porque aquilo era a representação do clube e devia ser tratado assim. 

E Seedorf também conversa e orienta seus companheiros de time sempre que possível, sobre posicionamento, como devem se portar e postar, sem passar por cima do técnico Oswaldo de Oliveira. Seria o efeito Seedorf? O que se vê é um Botafogo diferente, sem dúvida. Que pode estar se alternando no humor, daí a bipolaridade, mas que tem um olhar e uma alma diferente. Até propaganda de sócio-torcedor do Botafogo, Seedorf já fez, tamanha a sua identificação com o clube da Estrela Solitária.

Os ventos pros lados de General Severiano podem estar uivantes, como diria o sábio escritor Hemingway, mas há uma doce brisa pairando sobre O Glorioso. E ela tem nome forte e sonoro: Clarence Seedorf. E além de Seedorf, mais jogadores precisam abraçar essa causa de levar o Botafogo para o G4 e buscar a tão sonhada e esperada vaga para a Taça Libertadores. É como se o amor alvinegro de Seedorf fosse passado aos companheiros e eles virassem Seedorfinhos com o mesmo espírito de gana, força de vontade e jovialidade para levar a caravela Botafogo não só pelas águas da Baía de Guanabara, mas a mares mais profundos, a mares que banhem a América.

Para o Botafogo há um divisor de águas nesses momentos: antes de Seedorf e após Seedorf. Cabe saber se esse estado de ânimo renovado possibilitará ao clube a oportunidade de ser como Simon Bolívar e desbravar a América. Quem sabe ela, que já foi  Vermelha, Alvinegra, poderá ter como símbolo máximo a resplandecente Estrela Solitária. É pagar para ver. Seedorf não quer pagar, quer curtir e levar o clube que adotou de coração a uma conquista maior ainda. É agora ou nunca. Ou o Botafogo aproveita esse vento bom e se acerta ou desanda de vez.

Forte abraço!

Até a próxima!

Anna Barros

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