Uma equipe que mesmo com capacidade de atrair os grandes investimentos,
não aprendeu com os erros do passado.
Como se não fosse dolorido e desgastante para a torcida do
Verdão, após 10 anos e um dia do seu primeiro descenso o terror volta a
assombrar a sua história.
Amanhã os torcedores palmeirenses ao saírem nas ruas para
seus trabalhos, escolas e seus afazeres terão um sentimento amargo e irão ouvir
dos adversários, brincadeiras e sátiras naturais da paixão ao esporte bretão.
Uma conquista de Copa do Brasil rendeu a sonhada vaga na
Copa Libertadores 2013, provocações contra os rivais, muita festa e ilusão aos
torcedores do Palestra Itália.
Como não lembrar de ex-atletas, mitos do clube, e
dirigentes, planejando a participação do clube na competição continental no ano
que vem, praticamente esquecendo que ainda restava um longo Campeonato
Brasileiro a ser disputado em 2012, com um elenco que, apesar de ter alguns
bons – meramente bons – nomes, não passava do nível medíocre que, no decorrer
do ano, mostrou-se pífio.
Felipão saiu, Kleina chegou, renovou, animou, mas caiu, como
já era alertado durante as primeiras apresentações do clube no ano, ainda no
famigerado Campeonato Paulista.
Sofrido, mas lembrar 2012 para todos palmeirenses, desde
diretores a simples torcedores, é extremamente necessário. Em 2002, o time
contou com o “São Marcos” na Copa do Mundo, e vinha de recente duas finais de
Libertadores. Ainda estava em clima de festa e deboche. Marcos falhou, e o time
enfrentou a primeira queda.
O tempo passou e muitos, a maioria, esqueceram dos problemas
de 2002, quando tinha um elenco até melhor que este de 2012. Dez anos e um dia
depois, o Palmeiras voltou a ser rebaixado para a Série B do Campeonato
Brasileiro de Futebol.
Contudo, o mundo não acabou. Pode ser que 2013 seja o ano da
virada, o ano que o alviverde volte a ser imponente, seguindo os exemplos do
Corinthians e Grêmio, que logo após o retorno à Série A, conseguiram bons
resultados.
Em 2013, a inusitada situação de disputar Copa Libertadores
e Série B vai colocar a diretoria palmeirense em uma sinuca de bico, sem saber
para onde correr: arriscar em montar um forte elenco, digno para não sofrer no
torneio sul-americano, mas com grandes chances de não conseguir pagar por conta
das menores verbas da segunda divisão, ou focar na Série B e luta pelo retorno à
elite?
Vale lembrar que, diferente de 2002/03, a Série B de hoje é
um torneio forte, de maior repercussão e não é mais o mesmo inferno de antes. Aliás,
quem acabou com “fama infernal” da segundona foi, justamente, o próprio
Palmeiras, ao lado do Botafogo.
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