domingo, 18 de novembro de 2012

DEZ ANOS E UM DIA DEPOIS/ POR NYELDER RODRIGUES E CLEVERSON MARCONDES


Uma equipe que mesmo com capacidade de atrair os grandes investimentos, não aprendeu com os erros do passado.


Como se não fosse dolorido e desgastante para a torcida do Verdão, após 10 anos e um dia do seu primeiro descenso o terror volta a assombrar a sua história.

Amanhã os torcedores palmeirenses ao saírem nas ruas para seus trabalhos, escolas e seus afazeres terão um sentimento amargo e irão ouvir dos adversários, brincadeiras e sátiras naturais da paixão ao esporte bretão.

Uma conquista de Copa do Brasil rendeu a sonhada vaga na Copa Libertadores 2013, provocações contra os rivais, muita festa e ilusão aos torcedores do Palestra Itália.

Como não lembrar de ex-atletas, mitos do clube, e dirigentes, planejando a participação do clube na competição continental no ano que vem, praticamente esquecendo que ainda restava um longo Campeonato Brasileiro a ser disputado em 2012, com um elenco que, apesar de ter alguns bons – meramente bons – nomes, não passava do nível medíocre que, no decorrer do ano, mostrou-se pífio.

Felipão saiu, Kleina chegou, renovou, animou, mas caiu, como já era alertado durante as primeiras apresentações do clube no ano, ainda no famigerado Campeonato Paulista.

Sofrido, mas lembrar 2012 para todos palmeirenses, desde diretores a simples torcedores, é extremamente necessário. Em 2002, o time contou com o “São Marcos” na Copa do Mundo, e vinha de recente duas finais de Libertadores. Ainda estava em clima de festa e deboche. Marcos falhou, e o time enfrentou a primeira queda.

O tempo passou e muitos, a maioria, esqueceram dos problemas de 2002, quando tinha um elenco até melhor que este de 2012. Dez anos e um dia depois, o Palmeiras voltou a ser rebaixado para a Série B do Campeonato Brasileiro de Futebol.

Contudo, o mundo não acabou. Pode ser que 2013 seja o ano da virada, o ano que o alviverde volte a ser imponente, seguindo os exemplos do Corinthians e Grêmio, que logo após o retorno à Série A, conseguiram bons resultados.

Em 2013, a inusitada situação de disputar Copa Libertadores e Série B vai colocar a diretoria palmeirense em uma sinuca de bico, sem saber para onde correr: arriscar em montar um forte elenco, digno para não sofrer no torneio sul-americano, mas com grandes chances de não conseguir pagar por conta das menores verbas da segunda divisão, ou focar na Série B e luta pelo retorno à elite?

Vale lembrar que, diferente de 2002/03, a Série B de hoje é um torneio forte, de maior repercussão e não é mais o mesmo inferno de antes. Aliás, quem acabou com “fama infernal” da segundona foi, justamente, o próprio Palmeiras, ao lado do Botafogo.


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